Uma vida longa e feliz começa pela

Uma antiga expressão conhecida pela maioria das pessoas diz que : ” A Saúde começa pela boca”.

Contudo  a ciência, através de pesquisas e observação, tem concluído que além de ser uma expressão verdadeira ela abrange mais doenças que imaginávamos.

É sabido que a boca é o lugar do corpo mais povoado por germes e bactérias. Sabemos também que ela é parte integrante do corpo humano, e que qualquer desequilíbrio ocorrido na boca será sentido em todo o corpo.

Se mantivermos uma boa higiene bucal e a saúde dos dentes, gengiva e tecidos bucais, esse conjunto de microorganismos não nos causarão nenhum problema, mas se descuidarmos da saúde bucal, poderemos pagar um alto preço por isso.

Os estragos não se restringem à boca. Os odontólogos encontram cada vez mais vínculos entre essas bactérias e males que surgem em lugares distantes dali. A proliferação de micróbios na língua, que forma uma crosta de sujeira chamada saburra, pode contaminar o estômago e o aparelho respiratório, ocasionando gastrites e/ou sinusites. Os sangramentos gengivais, por sua vez, abrem portas para germes invadirem o sangue e lançarem toxinas, relacionadas a infecções nas articulações e nos rins. Isso pode ser um baque temporário nas defesas, por estresse.

Se existe um alvo especialmente vulnerável ao ataque é o coração. Uma bactéria que é inofensiva na boca, o Streptococus viridans, gosta de fixar residência no “endocárdio” tecido que reveste o coração. Sua viagem pela corrente sanguínea sempre começa com um sangramento na gengiva, ou em um canal dental infectado. Uma vez instalado no peito, o microorganismo pode causar uma infecção grave chamada endocardite, conhecida por levar suas vitimas freqüentemente à UTI. Felizmente nem todos os indivíduos correm perigos. O problema mais comum acontece em pessoas com enfermidades congênitas ou que tenham malformações nas válvulas do coração, o popular “sopro”.

O sinal de que a higiene bucal anda ruim é a inflamação crônica da gengiva, que sangra por qualquer motivo. Trata-se da gengivite, doença detonada pela o acumulo de alimentos e falta de limpeza adequada. Daí, surge uma camada microbiana chamada filme biológico, que irrita a gengiva e causa inflamação. A escovação e o uso correto do fio dental bastam para controlá-la. Antes, imaginava-se que a gengivite não tratada, evoluía para periodontite, estagio no qual o final biológico, transformado em tártaro duro, corrói a base dos dentes. “Não é bem assim”, diz o periodontista Antonio Legaspe Zanatto, de São Paulo. “Muita gente pode ter gengivite sem progredir para periodontite, assim como há pessoas propensas a desenvolvê-la”. Fumantes e diabéticos são mais suscetíveis ao mal. Em ambos, a irrigação sanguínea da gengiva fica prejudicada e os micróbios proliferam sem que as defesas do corpo possam agir.

Para quem tem sopro no coração todo o cuidado é pouco. A higiene deve ser redobrada, assim como as visitas ao dentista, para remover o filme biológico, o novo nome da placa bacteriana. Em alguns casos as consultas devem ser  trimestrais. E isso vale desde a mais tenra idade. “Algumas mães não ligam para cáries e inflamações em dentes de leite, porque eles não são definitivos”, lamenta o cardiologista Max Grinberg, do Instituto do coração (Incor), em São Paulo. “Mas se a criança tiver sopro, corre o risco de ter endocardite”.

O problema pode se originar em episódios de febre reumática na infância. Uma pesquisa feita pelo Incor com 200 pacientes do hospital mostrou que 90% deles tinham algum problema de higiene bucal.

“As pessoas precisam entender que ter bactérias andando pelo corpo não faz bem a ninguém”, diz Ricardo Simões Neves, diretor da Unidade de Odontologia do instituto e autor do estudo.

Os male provocados pela falta de zelo com a saúde bucal não se limitam à ação de bactérias. Esportistas, por exemplo, devem cuidar com atenção do bem-estar dos seus dentes. A eclosão de uma cárie no meio de uma competição muita vezes aniquila o desempenho. Mergulhadores podem ser vitimas de dores fortes em cáries antes assintomáticas – a sensação dolorosa causada pela alteração da pressão dos mergulhos.

É impressionante o bem que uma simples escova, pasta de dente e uma visita semestral ao dentista podem fazer pela sua qualidade de vida.  Pense nisso!

Higiene bucal pode ser grande aliada da saúde do coração.

Os cuidados com a higiene bucal vão muito além de um belo sorriso e de um hálito fresco. Muitos não sabem, mas há diversas pesquisas que mostram a ligação de uma má higiene bucal com doenças do coração.
As bactérias como as da bolsa periodontal migram por bacteremia, ou seja, entram na corrente sanguínea através da boca e vão para o coração; explica a Drª. Rosa Yana, Mestre em Odontologia pela Universidade Cruzeiro do Sul de São Paulo. Lá, proliferam-se e podem vir a ocasionar diversas doenças cardíacas, desde arritmia até endocardite bacteriana.
O Instituto do Coração (Incor) realizou uma pesquisa em São Paulo e constatou que 45% das doenças cardíacas tinham origem na cavidade bucal, devido a caries profundas com comprometimento do canal, gengivas inflamadas, restos de dente e abscessos.
Para manter uma boca saudável é necessário escovar bem os dentes no mínimo três vezes ao dia, principalmente após as principais refeições, fazer uso do fio dental e quando indicado, de enxaguatórios bucais. Também é fundamental ir regularmente ao dentista.
“As visitas periódicas são importantes para todos, principalmente para cardiopatas, diabéticos, hipertensos e imunossuprimidos”, alerta Drª. Rosa Yana.

Ref. Site do conselho Federal de Odontologia – CFO

Cacau pode evitar doenças intestinais como o câncer de cólon

Substâncias presentes no fruto parecem ajudar a proteger o intestino e a evitar que as células cancerígenas se multipliquem

Cacau: o fruto, um dos principais ingredientes do chocolate, tem substâncias que ajudam a evitar patologias do intestino

Cacau: o fruto, um dos principais ingredientes do chocolate, tem substâncias que ajudam a evitar patologias do intestino(Medioimages/Photodisc)

Comer cacau pode ajudar a prevenir problemas intestinais graves, como o câncer de cólon. Segundo pesquisa publicada no periódico Molecular Nutrition & Food Research, o fruto, principal ingrediente do chocolate, tem substâncias eficazes em proteger o intestino contra o stress oxidativo (sobrecarga de substâncias que causam prejuízos à estrutura de componentes celulares) e contra a proliferação de células cancerígenas.

Coordenada por cientistas do Instituto de Ciência, Tecnologia e Nutrição Alimentar (ICTAN, sigla em inglês), na Espanha, a pesquisa reconheceu o cacau como uma excelente fonte de substâncias que oferecem potenciais benefícios à saúde. O achado vai ao encontro do crescente interesse entre a comunidade científica para identificar alimentos capazes de prevenir doenças, o que levou os pesquisadores a categorizar o cacau como um “superalimento”. 

“Por estar exposta a diferentes toxinas, a mucosa intestinal é muito suscetível a desenvolver algumas doenças”, diz María Ángeles Martín Arribas, coordenadora do estudo e pesquisadora do ICTAN. O cacau, rico em polifenóis, aparenta ter um papel importante na proteção contra essas doenças. O estudo, conduzido em ratos, confirmou pela primeira vez o potencial efeito protetor que os flavonóides do cacau têm contra o câncer de cólon.

Proteção –  Por oito semanas os autores do estudo alimentaram os ratos com uma dieta enriquecida em cacau (12%), além de induzirem a carcinogênese (processo de formação do câncer). De acordo com a pesquisadora María, quatro semanas após a administração do composto químico azoximetano para a indução da carcinogênese, muco intestinal de lesões pré-malignas neoplásicas já haviam aparecido. “Essas lesões são chamadas de ‘focos de criptas aberrantes’ e são consideradas como bons marcadores para o câncer de cólon”, diz.

Os resultados do estudo demonstram que os ratos alimentados com cacau tinham um número significativamente menor de criptas no cólon induzidas pela carcinogênese. Eles tinham ainda uma melhora em suas defesas antioxidantes e uma redução nos danos oxidativos, induzidos pela presença do azoximetano nas células.

Os cientistas concluíram, então, que o efeito protetor do cacau consegue parar as vias de sinalização celular responsáveis pela proliferação celular e, assim, evitar a formação de tumores. Embora mais estudos sejam necessários para se descobrir qual composto do fruto é o responsável por tais efeitos, os autores concluíram que uma dieta rica em cacau aparenta reduzir o stress oxidativo e os riscos de câncer de cólon.

Chocolate – O cacau é um dos principais ingredientes de chocolate. É um dos alimentos mais ricos em compostos fenólicos, principalmente em flavonóides, benéficos na prevenção de doenças cardiovasculares e câncer (câncer colorretal, principalmente).

 
 Fonte: veja.abril.com.br

Nanopartículas anticâncer são usadas com sucesso em teste nos EUA

Pacientes com câncer avançado mostraram resultados positivos em primeira fase de pesquisa que usa nanotecnologia para tentar combater a doença

Celulas cancerigenas

Células cancerígenas: nanopartículas agirão como mísseis teleguiados, levando o medicamento contra o câncer somente às células doentes (Getty Images)

 

O primeiro teste clínico com nanopartículas programadas para um tratamento anticâncer mais concentrado e com menos efeitos colaterais do que a quimioterapia teve resultados positivos, segundo estudo publicado nesta semana, nos Estados Unidos. Parte dos participantes do estudo, que sofriam de câncer em etágios avançados, tiveram o crescimento do seus tumores estabilizados ou reduzidos. O trabalho foi apresentado na conferência anual da Associação Americana de Pesquisas sobre o Câncer, realizada em Chicago, e publicado simultaneamente na versão online da revista médica americana Science Translational Medicine.

 

Opinião do especialista

Artur Katzcoordenador de Oncologia Clinica do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês.


“Tratamentos anticâncer com nanotecnologia fariam com que a droga para a doença ficasse dentro de uma partícula. Essa se ligaria a um tipo de proteína de uma célula cancerígena e, só então, liberaria a substância do medicamento. Como um míssel teleguiado.
 
É preciso que os pacientes tomem cuidado ao ler esse tipo de pesquisa para que não pensem que já existe um tratamento do qual estão sendo privados. Resultados como esses são relevantes cientificamente, mas na prática clínica ainda não têm nenhuma influência.
 
O estudo ainda é preliminar e os resultados foram obtidos com apenas 17 pessoas, um número ainda muito pequeno. Com esse número, não é possível afirmar absolutamente nada.
 
A pesquisa, ainda assim, é importante. Precisamos avançar emestudos sobre novas formas de tratamentos menos tóxicos e mais eficazes. Os resultados são bons, mas é importante observar que somente uma pessoa teve o tumor reduzido. No entanto, a fase 1 de testes clínicos deve provar a segurança do tratamento, e foi o que os resultados demonstraram.
 
Estudos maiores e mais específicos são necessários para que essa pesquisa avance e suas conclusões finais sejam comparadas com o tratamento convencional. Só então essa tecnologia se tornaria, após ao menos dez anos, um medicamento disponível.”

“Esta técnica pode revolucionar potencialmente o tratamento do câncer”, afirmou Omid Farokhzad, médico do Hospital Brigham de Boston, professor da Universidade de Harvard e um dos principais autores do estudo.

A nanopartícula, chamada BIND-014, foi desenvolvida pela companhia BIND Biosciences, com sede em Massachusetts. “Este é o primeiro tratamento deste tipo utilizado em humanos para qualquer tipo de doença”, disse Farokhzad. “A BIND-014 mostrou pela primeira vez que é possível produzir nanomedicamentos programáveis capazes de concentrar efeitos terapêuticos multiplicados diretamente no coração da doença”, explicou o doutor Farokhzad. O princípio ativo usado foi o docetaxel, comercializado com o nome de Taxotere.

A pesquisa — O teste clínico de fase 1 do estudo foi feito com um pequeno grupo de 17 pacientes que sofriam de diferentes tipos de câncer em estágio avançado. O teste provou ser seguro e produziu efeitos em “praticamente todos os participantes”, mas especialmente em seis deles, nos quais os efeitos foram mais destacados. Neste grupo, uma paciente teve redução do tumor no colo do útero, enquanto outros cinco tiveram seus cânceres (de pâncreas, ânus, cólon, vias biliares e garganta) estabilizados.

Este nanotratamento produziu efeitos favoráveis na luta contra o câncer, inclusive com doses ínfimas de anticancerígenos, que representavam até 20% do que normalmente se prescreve em quimioterapia tradicional por via oral ou em injeções. “Se tentássemos obter essa concentração em um tratamento convencional, mataríamos o paciente”, diz Farokhzad. Os pesquisadores explicam que isso se deve ao fato de que as nanopartículas podem depositar no local exato onde se encontra o tumor concentrações de medicamenos até dez vezes maiores.

Os pesquisadores se disseram animados com os resultados porque as doses foram baixas, o que indica que no futuro os médicos poderiam encontrar uma forma de aplicar a quimioterapia em cânceres, direcionando o medicamento ao próprio tumor e evitando seus efeitos colaterais

 

FONTE: veja.abril.com.br

Nanopartículas anticâncer são usadas com sucesso em teste nos EUA

Pacientes com câncer avançado mostraram resultados positivos em primeira fase de pesquisa que usa nanotecnologia para tentar combater a doença

Celulas cancerigenas

Células cancerígenas: nanopartículas agirão como mísseis teleguiados, levando o medicamento contra o câncer somente às células doentes (Getty Images)

 

O primeiro teste clínico com nanopartículas programadas para um tratamento anticâncer mais concentrado e com menos efeitos colaterais do que a quimioterapia teve resultados positivos, segundo estudo publicado nesta semana, nos Estados Unidos. Parte dos participantes do estudo, que sofriam de câncer em etágios avançados, tiveram o crescimento do seus tumores estabilizados ou reduzidos. O trabalho foi apresentado na conferência anual da Associação Americana de Pesquisas sobre o Câncer, realizada em Chicago, e publicado simultaneamente na versão online da revista médica americana Science Translational Medicine.

 

Opinião do especialista

Artur Katzcoordenador de Oncologia Clinica do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês.


“Tratamentos anticâncer com nanotecnologia fariam com que a droga para a doença ficasse dentro de uma partícula. Essa se ligaria a um tipo de proteína de uma célula cancerígena e, só então, liberaria a substância do medicamento. Como um míssel teleguiado.
 
É preciso que os pacientes tomem cuidado ao ler esse tipo de pesquisa para que não pensem que já existe um tratamento do qual estão sendo privados. Resultados como esses são relevantes cientificamente, mas na prática clínica ainda não têm nenhuma influência.
 
O estudo ainda é preliminar e os resultados foram obtidos com apenas 17 pessoas, um número ainda muito pequeno. Com esse número, não é possível afirmar absolutamente nada.
 
A pesquisa, ainda assim, é importante. Precisamos avançar emestudos sobre novas formas de tratamentos menos tóxicos e mais eficazes. Os resultados são bons, mas é importante observar que somente uma pessoa teve o tumor reduzido. No entanto, a fase 1 de testes clínicos deve provar a segurança do tratamento, e foi o que os resultados demonstraram.
 
Estudos maiores e mais específicos são necessários para que essa pesquisa avance e suas conclusões finais sejam comparadas com o tratamento convencional. Só então essa tecnologia se tornaria, após ao menos dez anos, um medicamento disponível.”

“Esta técnica pode revolucionar potencialmente o tratamento do câncer”, afirmou Omid Farokhzad, médico do Hospital Brigham de Boston, professor da Universidade de Harvard e um dos principais autores do estudo.

A nanopartícula, chamada BIND-014, foi desenvolvida pela companhia BIND Biosciences, com sede em Massachusetts. “Este é o primeiro tratamento deste tipo utilizado em humanos para qualquer tipo de doença”, disse Farokhzad. “A BIND-014 mostrou pela primeira vez que é possível produzir nanomedicamentos programáveis capazes de concentrar efeitos terapêuticos multiplicados diretamente no coração da doença”, explicou o doutor Farokhzad. O princípio ativo usado foi o docetaxel, comercializado com o nome de Taxotere.

A pesquisa — O teste clínico de fase 1 do estudo foi feito com um pequeno grupo de 17 pacientes que sofriam de diferentes tipos de câncer em estágio avançado. O teste provou ser seguro e produziu efeitos em “praticamente todos os participantes”, mas especialmente em seis deles, nos quais os efeitos foram mais destacados. Neste grupo, uma paciente teve redução do tumor no colo do útero, enquanto outros cinco tiveram seus cânceres (de pâncreas, ânus, cólon, vias biliares e garganta) estabilizados.

Este nanotratamento produziu efeitos favoráveis na luta contra o câncer, inclusive com doses ínfimas de anticancerígenos, que representavam até 20% do que normalmente se prescreve em quimioterapia tradicional por via oral ou em injeções. “Se tentássemos obter essa concentração em um tratamento convencional, mataríamos o paciente”, diz Farokhzad. Os pesquisadores explicam que isso se deve ao fato de que as nanopartículas podem depositar no local exato onde se encontra o tumor concentrações de medicamenos até dez vezes maiores.

Os pesquisadores se disseram animados com os resultados porque as doses foram baixas, o que indica que no futuro os médicos poderiam encontrar uma forma de aplicar a quimioterapia em cânceres, direcionando o medicamento ao próprio tumor e evitando seus efeitos colaterais

 

FONTE: veja.abril.com.br